23 de maio de 2023

"Eu te amo por inteiro. Até as partes que você considera muito sombrias e vergonhosas. Cada cicatriz. Cada defeito. Cada imperfeição."

DEZ COISAS QUE EU ODEIO EM VOCÊ

Nota da autora: Enquanto você lê, lhe indico ouvir a canção Car´s Outside de James Arthur! 👉 https://www.youtube.com/watch?v=NFO8qL_uXIU


1. Odeio sua camisa branca e o fato do seu perfume não estar mais nela;

2. Odeio o quanto é simpático com tudo e como todos ao seu redor te veneram;

3. Odeio quando diz que não vem e o fato de não se importar;

4. Odeio quando chega de surpresa, sem querer me avisar;

5. Odeio quando sorri olhando para mim, que esqueço quem está presente;

6. Eu odeio tanto isso em você que até me sinto doente;

7. Odeio quando está na cidade e o fato de não me ligar;

8. Odeio quando se fecha pro mundo e não me deixa te acessar;

9. Eu odeio...

...odeio quando me puxa para perto e pede para eu nunca te soltar;

10. Mas o que eu odeio principalmente é não conseguir te odiar nem um pouco, nem mesmo por um segundo, nem mesmo só por te odiar.

"Estou cansado de amar de longe e nunca estar onde você está. Feche as janelas, tranque as portas, não quero mais te deixar."🎶


21 de maio de 2023

Preciso de você...

"Reli o começo da carta, mas não consegui entender direito o que eu pretendia dizer, sei que pretendia dizer alguma coisa muito especial a você, alguma coisa que faria você largar tudo e vir correndo me ver ou telefonar e, se fosse preciso, trazer a polícia aqui para obrigá-los a deixarem você me ver.

Eu sei que você quer me ver.

Eu sei que você fica os dias inteiros caminhando atrás daqueles muros brancos esperando eu aparecer.

Eles não deixam, acho que você sabe que eles não deixam.

Não vão deixar nem esta carta chegar às suas mãos, ou vão escrever outra dizendo que eu não gosto de você, que eu não preciso de você.

Mas é mentira, você tem que saber que é mentira, acho que era isso que eu queria dizer preciso escrever depressa antes que eu me esqueça do que eu queria dizer era isso eu preciso muito muito de você eu quero muito muito você aqui de vez em quando nem que seja muito de vez em quando você nem precisa trazer maçãs nem perguntar se estou melhor você não precisa trazer nada só você mesmo você nem precisa dizer alguma coisa no telefone basta ligar e eu fico ouvindo o seu silêncio juro como não peço mais que o seu silêncio do outro lado da linha ou do outro lado da porta ou do outro lado do muro ou do outro lado."

Caio Fernando Abreu 

Uma das decisões mais importantes que você vai tomar na vida

é com quem você vai ficar.

Quem é a pessoa?

Quem você vai ser quando estiver com ela?

E se é a pessoa com quem realmente você que ficar.

Esse é o risco que você corre quando entregar seu coração a alguém

e pode ser partido em um milhão de pedaços,

e ás vezes, mais de uma vez.

Ele tem razão.

Eu ando pensando muito nele.

Claramente.

Pensei que se colocasse tudo em palavras pudesse me sentir melhor.

Querido diário: não acredito mais no amor...

Em todas as minhas memórias sempre fui uma pessoa fascinadíssima pelo amor.

Cresci assistindo filmes de comédia romântica da sessão da tarde;

Li todos os livros da coletânea Sabrina, Júlia, Bianca que vendia a R$ 2,50 na banca em frente a minha escola.

As músicas que embalavam meus sonos eram as do álbum Love hits, anos 80/90 - quando ganhei meu diskman do meu padrinho - especialmente as de Roxette, The Police, Elton Jhon e Whitney Houston.

Meus olhos brilharam de alegria quando meu sacramento da Crisma - na igreja católica- foi a última preparação anterior ao sacramento do matrimônio.

Sempre usei laços, vestidos, pouca maquiagem, cabelos longos e cacheados, para que passasse uma vibe romântica para as pessoas. 

"Guardei" - a grosso modo - minha virgindade até os vinte e dois anos de idade, acreditando que eu a "perderia" com aquele que fosse o amor da minha vida. 

Eu era a última romântica.

Mas nada disso meu deu um amor de verdade.

Vivi amores bonitos e falidos, os famigerados: amores da vida. 

Todo esse preparo "pré-amor" não meu deu um amor que também valorizasse o romantismo.

Meu primeiro amor não foi romântico, não foi bonito. Sempre que lembro dele sinto tristeza, lembro do quanto eu chorei por achar que amar SÓ doía, totalmente o contrário daquelas baboseiras do que eu tinha lido nos livros.

Das duas vezes que ganhei flores foi quando terminei o relacionamento, isso depois de ter sofrido tanto e descoberto muitas traições.

Trauma de flores check.

Achei que meus amores seguidos me dariam a oportunidade de dançarmos na chuva enquanto ouvíamos "I Will Always Love You" de Whitney Houston.

Percebi que muitas pessoas casadas traiam seus cônjuges independentes do matrimônio e de relevância dentro da igreja.

Todo meu jeito discreto e desengonçado foi se tornando imperceptível diante de qualquer outra garota "gostosa" que estivesse no mesmo raio que o meu. 


(...)

O quanto o amor romântico me machucou.

Muito.

Não me arrependo de ter amado MUITO. Me arrependo de ter me doado demais. 

De ter acreditado demais. Me importado demais.

Todas as vezes que fui demais, sai mais machucada sempre mais do que o outro. 

Com o tempo me tornei resiliente, prática e decidida.

Troquei os filmes românticos por suspenses policiais.

Os livros de coletâneas da Harlei Queen por True Crimes, Psicologia e os de Feminismo. 

As músicas Love Hits por Pop.

Ajustei o vestido, escureci a maquiagem e cortei o cabelo.

Me privei do sentindo de me sentir mulher, passei a gostar menos de sexo e achar que meus sentidos/desejos não fosse algo que precisassem ser levados tanto em consideração a dois.

Me transformei, me transtornei e me desviei de todos os caminhos que me levassem ao amor.

E claro que mesmo depois de tudo isso: me enganei. 

Voltaria a ser quem eu era antes dos 22 anos?

Não.

Eu eu era muito ingênua, fantasiava e idealizava uma felicidade que não duraria 6 meses.

E não durou.

Sou grata por minha trajetória do amor, tudo que eu passei me tornou uma mulher madura e disposta...

Disposta a encarar todo o bastidor do amor, aquele que fica por trás de uma encenação fantasiosa das que criaram nos filmes/livros/músicas sobre o amor. 

Ainda acredito no amor.

Acredito no casamento e na constituição de uma família, acredito na felicidade genuína e  espontânea, no amor mesmo nos dias difíceis, na entrega completa e na admiração após a descoberta de todos os defeitos. Na construção do amor.

Mas do amor real, do amor disposto. Do amor recíproco e correspondido.

Amor é um constante exercício de resolver, descobri e realizar desejos




14 de maio de 2023

 Fica dentro do meu peito sempre uma saudade.

Só pensando no teu jeito eu amo de verdade.

E quando o desejo vem...

... é teu nome que eu chamo.

Posso até gostar de alguém, 

                                                 mas é você que eu amo.

9 de março de 2023



- chegou bem no finzinho. 
- muito suspense? 
- muito. eu fiquei só imaginando se você ia chegar. 
- tive um compromisso de última hora. e o seu noivo? 
- eu pedi pra ele não vir, porque eu pensei que você vinha. 
- e eu não vim? 
- veio. mas tá com cara de quem não vem mais. 
- pense bem, Lisbela. você vai largar tudo que tem só pra gente ficar junto?
 - eu vou largar tudo que tenho. agora, se é pra gente ficar junto, você é que tem que dizer. 
- a gente não deve se precipitar. o amor é um precipício: quando a pessoa acha que está voando, talvez já esteja caindo. 
- agora é tarde. eu já pulei, Leléu. eu já sei: veio dizer que vai embora. 
- quem lhe disse? 
é igualzinho no cinema: a mocinha está ansiosa esperando o mocinho e finalmente eles se encontram. ele vem se aproximando e ela acha que é pra dar um beijo. mas aí ela vê que o rosto dele tá preocupado demais pra isso. ela é bestinha, coitada, e ainda tenta dizer que ama ele. mas o mocinho vai puxando o assunto pro outro lado, o que é sinal que já ensaiou alguma coisa pra dizer e nem está ouvindo o que ela diz. 
- Lisbela... 
- mas nem precisa dizer mais nada porque todo mundo já entendeu que a mocinha vai ser largada. 
- Lisbela, olha... 
- ah, é, tem também essa parte: ele vai dizendo que não é por querer, é obrigado a cuidar da mãe que está doente ou tem que partir pra guerra ou algum motivo de força maior que deixe a gente com bem muita pena dele e que agora eu prefiro nem saber. porque ou é mentira ou eu vou ficar gostando ainda mais de você."

  Trecho do filme "Lisbela e o Prisioneiro"

Aleatoriedades

 Quando ele vem e me olha nos olhos parece que tudo que tenho medo, desaparece. 

Quando ele me toca, o tempo gira devagar, parece que o mundo não é tão perigoso quando é de verdade.

Não sei dizer quando ele entrou em minha vida, acho que porquê ele sempre esteve lá.
 Ele não era um amigo, não era um amor, era apenas um conhecido. Que me observava tão atento que às vezes não percebi a sua presença.

Quando ele entrou em minha vida ele já sabia dos meus medos, dos meus traumas, 
minhas loucuras, meus devaneios, amores errados e meu jeito "frio".

  E mesmo assim, ele entrou, quis ficar, tirou os chinelos e pediu licença, me desmontou, tirou as amarras os medos e as desconfianças.
 Me fez gostar da morada, arrumar a casa, do som da sua risada, da alegria no café da manhã e dos primeiros raios de sol do dia. Ele não era amigo, amor, era um conhecido, que depois se tornou todos esses.

 Que bom que ele ficou, tudo fez mais sentido e passei a acreditar de novo no amor. 

Autoral